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Dupla

Dupla

Fefê tá com 5a9m. Dudis com 2a9m. E dezoito mil histórias para contar.

E se a gente voltasse?

Sábado, 7h10. Fernanda vai até a minha cama me chamar: “Me ajuda a fazer meu tema?”

E eu fiquei pensando se ficava muito chato ligar pra alguém pra contar. Bom motivo pra voltar pro blog. Imagem

Um novo período de estreias

Preguiça mortal de escrever. Mas as coisas estão acontecendo, e eu com pena de não registrar.

O Dudu tá uma delícia. Falante, falante. Agora, quando a gente pergunta alguma coisa para ele do tipo “quem é o amor da mamãe?” ele não reponde mais o “eu!”. A resposta é um “Dudu”, bem baixinho. Ele também já escolheu chamar a Fefê de “Mana” por enquanto. Quando ele quer mamar ele diz bem firme “mamá leite”. Tá um sonho, meu príncipe.

A Fefelita tem mais uma novidade: no dia 28 de abril ela tomou sua mamadeira pela última vez. Como já se passaram quase três semanas sem ela nunca mais pedir, acho que podemos dar esta etapa por encerrada. E desta vez não foi apenas fácil, foi uma decisão e iniciativa só dela, a gente não teve que fazer nada. Nós já havíamos sugerido que ela parasse de mamar antes de completar cinco anos, mas não fizemos nada além disso para incentivá-la. Num sábado antes de dormir, ela tomou uma mamadeira, foi até a sala e cochichou no ouvido do Lê: “Pai, coloca todas as minhas mamadeiras fora porque eu não vou mais mamar.” E assim foi. A gente só avisou que iríamos esperar alguns dias antes de colocar as mamadeiras fora, para ela ter certeza que queria isso mesmo. E depois de duas semanas, mesmo sem ela ter pedido, demos uma boneca que ela queria como recompensa por ser tão decidida.

E no dia 08 de maio eu fui para Brasília, participar de um Congresso. Foram três noites longe deles, que ficaram muito bem em casa com o Lê. Todas as noites eles tiveram uma companhia extra para dormir, o que foi bom para distrair a Fefita. Funcionou bem, a mocinha chamava um pouquinho na hora de dormir mas se comportou super bem.  O Dudis deve ter sentido um pouquinho de falta, mas quase não demonstrou. E eu, que ouvi algumas vezes que seria bom para descansar um pouco, tenho a dizer que descanso melhor em casa, perto deles. Mas foi ótimo para ver que isso é possível, para ver que eu vou, volto, e nós quatro sobrevivemos.

O Dudico também tem uma novidade: agora ele não dorme mais em berço. A Fernanda passou para a mini-cama com dois anos e dois meses. O Eduardo teve que trocar com um ano e oito meses. Tudo porque o mocinho tentava pular do berço. Assim, antes que acontecesse um acidente, transformamos o berço em mini-cama, seis meses antes da mana. Aliás, pular do berço, subir no balcão, saltar do encosto do sofá, entrar na geladeira, tudo isso o pequeno já fez ou tentou. Energia não falta para o nosso moleque.

E por fim, estamos prejudicados de fotos no computador. Porque eu ganhei um Iphone, e as fotos acabam ficando por ali mesmo. Mas antes um post sem fotos do que post nenhum né? E para ficar no “quase” sem fotos, segue a última que o Lê salvou aqui.

Queridices

Eu jantando sozinha na cozinha, a Lilita entra e pergunta “tu não vem?” Eu respondo que vou assim que terminar de jantar. Ela continua “mãe, tu não precisa jantar aqui sozinha.” Sai correndo, depois volta: “Vem com o teu prato, eu te fiz uma surpresa.” Eu vou e encontro a mocinha deitada na sua cama, lendo um livro. Do lado da cama, a mesinha da sala. Fofa fofa fofa.

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Fofices

A menina:

Fefê brincando com uma bonequinha na sala, o Dudis em volta. Ela corre até a planta ao lado do sofá, faz a bonequinha se abraçar a um galho e grita: “Dudu, vem me pegar, porque eu não tenho condições de sair daqui!”

O menino:

O menino quer tomar a mamadeira deitado no sofá da sala. Ao ver a irmã passar com um copo de iogurte, levanta rápido, entrega o mamá e diz: “Não, mamá uim. Uti.” (= mamá ruim, iogurte.)

E o meu bebê está doente. Laringite. Mais uma vez, as diferenças dos dois, a Fernanda quase não adoece, e mesmo quando adoece, nem parece. Ela até já teve laringite, mas nada parecido com o Dudis. O pequeno está dormindo mal (e nós com ele) há quatro noites. Pra compensar, a outra coisa em que ele é bem diferente da irmã é a hora de tomar remédio. A gente só chega com o copinho perto dele e diz, “Dudu, remédio.” Ele abre a boca, toma tudo e fica esperando a gente dizer que acabou. Nada daquele comportamento de gato selvagem da menina. Mas da mesma forma que a Fefê, doente ou não, nenhum dos dois perde a alegria e a vontade de brincar, felizmente.

Aproveitando

Eles continuam fofos. E acho que já desisti de registrar muita coisa deliciosa que tem acontecido por aqui. Mais de uma vez tive que optar entre continuar aproveitando o momento e vir aqui contar o que está se passando. Felizmente, registrar só na memória tem ganhado “de lavada”.

Mas neste exato momento os dois estão dormindo, então decidi ver o que dá para escrever em cinco minutos.

O meu príncipe está falando mais e melhor. A “ueuê” agora é “vevê”. E tem frases, tipo “não, é meu!” e “a mamãe do Dudu”.

O Dudis saber fazer massagem. Um dia destes imitou a Sandra, a massagista, bem direitinho. Massageava minhas pernas, minha barriga, repetindo “Agi, mamãe!” e fingindo que pegava um creme na ponta do sofá.

O Dudis está fazendo aula de música e artes uma vez por semana. Exatamente com a mesma idade que a Fefelita, e com a mesma professora, o gurizinho começou as aulas na semana passada. A diferença foi  na adaptação. A Fefita não se soltou nas primeiras aulas. O pequeno não só se soltou como encarnou o papel de aluno exemplar. Ele praticamente não pisca durante a aula de música e faz TUDO o que a professora propõe. Guarda os instrumentos, busca as almofadas, participa de tudo e tenta cantar o tempo todo. Genio, é claro, parece um menino de seis anos. Já no momento da aula de artes ele deixa claro quais são os interesses dele, e não tem nada a ver com o que está acontecendo ali. O pincel serve de espada, a massinha é atirada na parede sem dó nem piedade, as tintas ficam melhor se forem passadas nas janelas. E ele se despede da professora com um enorme sorriso e um “Tau, ofi!” bem animado.

A Tia Zizi passou uns dias por aqui e foi ótimo. O Dudico arranjou mais um nome para a dinda: “Idi”.
A Fefelita é a filha mais querida do mundo.

A filha mais querida do mundo,num domingo destes, trouxe uma manta para me cobrir na sala, “mãe, pra tu ficar bem confortável”. E eu fiquei mesmo, apesar do calor de quase 40 graus.

A filha mais querida do mundo um dia desses ficou me esperando, com a orelha grudada na porta, dizendo para a Tatata “eu vou ficar aqui bem pertinho, quem sabe a mamãe chegue logo.”

A filha mais querida do mundo quer acordar o papai quando vê que a lua está bonita, “porque o papai gosta de ver a lua comigo, mãe.”

A filha mais querida do mundo chegou da aula hoje, se ajoelhou em frente ao maninho e disse: “Dudu, vem dar um abraço na mana. Vem dar oi pra maninha, Dudu.”

E os dois pequenos foram ao dentista hoje. A mãe sapo poderia encher uma folha descrevendo a consulta (afinal, durou quase 90 minutos!) maravilhosa dos dois, até porque tenho provas, filmei o Dudis na cadeira, fazendo exatamente como viu a mana fazer. Mas vou poupá-los. Digo apenas que foi ótimo. A Fefê é uma mini-adulto. E o Dudu faz tudo o que a Mana faz.

Para concluir ainda vou contar que passamos a Páscoa em São Paulo. O Dudis segue disputando o título de criança mais alegre e sorridente e exibida, agora na etapa nacional. Não poupou nem os passageiros mais distantes dos dois voos. Levantava a cabeça e saía disparando sorrisos e gritando “Oi!” pra todo mundo. No hotel, dava shows no café da manhã, cantando e dançando as músicas que já conhece. E fez uma breve aparição no hall às 7h da manhã com seu pijama de homem-aranha pra buscar o mamá. Abanando e sorrindo para todos, obviamente, e repetindo “u mamá!” A Fefelita se divertiu um monte, e se soltou brincando com as primas Julinha e Luíza. Na volta pra casa ela estava tão cansada que adormeceu antes do avião decolar e só acordou já com o avião parado em Porto Alegre. “Já chegamos?! Mas que viagem curtinha!”

Uma casa com crianças

Tem alguns dias que eu vejo que temos dois bebês em casa. a maioria das vezes, é um bebê e uma criança. Mas já tem acontecido de eu me sentir com duas crianças e sem nenhum bebê.

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Quando vamos sair, os dois correndo para fora, o Dudis rindo, chamando o elevador e brincando com a Fefê, ali tem um menino esperto, meio independente até.

Quando os dois vão tomar banho juntos, o menino brincando na banheira, sem precisar que ninguém o segure, escolhendo os brinquedos e falando o nome de tudo, ali não tem um bebê.

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Mas os principais sinais do crescimento do pequeno são duas novidades muito importantes. A primeira, é que já faz alguns dias, talvez uns 10, que o mocinho dorme a noite inteira. Não tem acordado para mamar, nem para conversar, nem para ir para a nossa cama. E tem ido dormir antes das 21h, alguns dias até antes das 20h. E só acorda perto das 6h da manhã, que para nós é um ótimo horário. Com isso parece que a Fefelita também dorme melhor, assim temos tido noites de sono excelentes nessa casa, com todos bem descansados e bem humorados. Dona Virginia, eu sei que essa notícia vai lhe deixar muito feliz. Eu acho que, enfim, as noites interrompidas estão acabando. É claro que eu ainda sei que teremos noites de vigília porque alguém adoeceu, ou dormiu demais durante o dia, ou teve um sonho ruim. Mas, o que antes era a regra, aos poucos vai se tornando exceção.

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A outra notícia que me faz ver o meu pequeno como um menino, não mais um bebezinho, é que o pediatra disse que ele já pode comer sozinho. Eu confesso que estranhei muito. Mas quando contamos na última consulta que a Fefelita não quer comer sozinha, e diz que está com os braços cansados de segurar o garfo, o Renato disse que nenhum dos dois precisa mais de ajuda para comer. “Serve os pratos deles e almocem todos juntos.” “Mas e se eles não quiserem comer? E se não comerem NADA?” “Cassandra, teus filhos têm reserva para um mês se alimentando mal.” E assim que a Nanda ver o Dudu comendo sozinho, ela vai fazer o mesmo.”

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É claro que o Dudu não precisa de incentivo para comer por conta própria. Já faz tempo que ele briga conosco para tomar conta da colher. Mas como a coisa fica meio bagunçada, metade da comida na boca, outra metade no colo, a gente não liberava completamente. Eu ainda disse, “mas Renato, se a gente não ajudar, os dois só querem comer com a mão!” Antes mesmo dele responder eu já me ouvi repetindo “sim, e qual é o problema???”

Enfim, já faz dois dias que os dois são donos dos próprios talheres. E eu vou cada vez mais sendo obrigada a reconhecer que os meus filhos são crianças, não são meus bebezinhos, dependendo dos meus cuidados pra tudo.

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Bem, mudando completamente de assunto, esta semana temos outra grande novidade. As aulas da mocinha começaram. Nível 03, professora nova, e a Fefê se adaptando. No primeiro e segundo dia, “mãe, eu estou muito nervosa!” Mas ontem ela me disse, “mãe, eu já não fico mais nervosa, eu já me acostumei com o nível 03.” E a nova professora, que também está começando agora na escola, se chama Fernanda de Souza. E a Fefita já aprovou: “A profe é tão legal, ela é que nem a Jana (profe do ano passado).”

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E a Fernanda segue a passos largos seu amadurecimento. Cheia de perguntas e opiniões, agora ela aprendeu a dizer “Isto é um segredo só meu!” ou ainda “O nível 03 é o pior nível do mundo.” E a de hoje: “Hoje é o pior dia da minha vida.” Apesar de parecer dramático, normalmente nem ela resiste a cena e termina caindo na risada. Mas ela já percebeu que afirmações enfáticas causam impacto. E vai testando.

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Na parte das opiniões, a menina já se sente confortável para nos dizer o que acha melhor a gente fazer. A campanha para o pai não tomar refrigerante é a mais constante. “Pai, porque tu não toma água? É mais saudável. Tu não devia tomar refrigerante, olha, eu e a mamãe não tomamos. O Dudis também não.” Mas ela gosta de palpitar em outras áreas também. A cor do meu sapato, do esmalte e até o tamanho do meu cabelo. E tem conselhos de avó nesse pacote: “mãe, se tu dormir com a janela aberta, tu vai ficar com frio e o teu nariz vai ficar entupido.”

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Por fim, a consulta ao pediatra. Levamos os dois essa semana, depois de dois meses e meio sem ir lá. E levamos só para pesar, medir, e saber das vacinas. Os dois estão maravilhosos. A Fernanda consulta sozinha, não precisa da gente para nada. Responde as perguntas e até pergunta se tem alguma curiosidade. O Renato dá a mesma atenção a ela que dá a qualquer pessoa, respeitando-a como faz com os adultos. Mas ela leva umas cócegas no final, e ganha beijos e um palito. O Dudis, desta vez, saiu de lá quase com uma medalha por bom comportamento. Acho que desta vez funcionou deixar para examiná-lo depois da Fefê. Ele não chorou nenhuma vez, ficou observando, bem compenetrado, sério, mas sem medo. Fez tudo o que o tio Renato pediu e, quando acabou, deu beijo, sorriu e quis conversar com o Renato, bem à vontade. A consulta terminou com a seguinte recomendação do Renato: “Cassandra, no caso improvável de eles passarem o inverno tão bem quanto passaram o verão, traz os dois aqui para pesar e medir em novembro.”

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Para concluir, só quero registrar que o meu tagarelinha já tem palavras de três sílabas. Sim, o minúsculo não ficou devendo para a irmã, que começou a falar surpreendentemente cedo. Ele se comunica super bem, já consegue dizer algumas palavras mais difíceis e já junta duas palavras, formando suas primeiras frases. “Mãe, apeta.” Ou “Epela, mãe.” São as que mais ouço. Mas ele diz anho, lélo, pito, mate e anda. Anda é Fernanda, uma coisa que ele fala o tempo todo e repetindo muitas vezes, pelo menos até ganhar atenção da mana. Ah, e ontem ele disse “Maninha”. Assim, sem faltar nenhuma letra.

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Bem, meus pequenos estão me esperando para sair. Vamos passear, que é sábado e tem sol. E à tarde vai ter piquenique no Jardim Botânico. Vou lá, que eu tenho todo um fim de semana de divertimento com as figurinhas. Bom fim de semana pra vocês também.

Um mundo de notinhas

Sim, eu tenho várias coisas para contar. Ou eu dou uma notinha de cada uma, ou escolho uma só para escrever decentemente. Mas aí as outras jamais virão para cá, já que eu não consigo mais escrever direito aqui. Então, vamos de notinhas mesmo.

O Lê comprou uma máquina de fazer pão. Agora, todos os dias tem um pão diferente e delicioso nesta casa. O esforço para não sair rolando teve que ser triplicado, mas o pão de aveia que eu estou comendo agora, 7h da manhã, enquanto escrevo aqui, vale cada caloria. E ouvir a Fê dizer para os outros “sabia que meu pai agora é padeiro?” não tem preço.

Fomos para Praia Grande/SC no feriado de Navegantes, com a Cris/Jeff/Antonio e Gabi/Urso. Estava ótimo, o lugar é lindo, pertinho de Cambará, na região dos Canyons. O Antonio e o Eduardo, como bem previsto pela Cris, se divertem até com a escada do Chalé. A Fefelita se sentiu num spa com a sua melhor amiga em forma de adulto, tia Gabi. O lugar é lindo demais, mas sabíamos que íamos lá para descansar e curtir a companhia do grupo, porque com três crianças ficava inviável fazer as trilhas propostas pela pousada. O próprio guia nos dizia “sim, tem uma bem pequena aqui perto. Mas os bebês não vão. Tudo bem, pretendemos voltar lá outras vezes, em diferentes fases dos pequenos.

O Eduardo está com um ano e meio, e eu começo a me dar conta que a gente esquece as coisas rápido demais. Todos os dias ele faz uma coisa nova e divertida e, quando alguém me pergunta se a Fernanda fazia também, eu tenho que me esforçar para lembrar, e muitas vezes não lembro. Lembro que ela era um bebê super esperto e divertido, e que eu achava ela super adiantada. Mas tudo que o Dudis faz me parece novidade, eu me surpreendo o tempo todo, nem parece que eu já vivi essa fase antes.

O menino tem a energia de três usinas. Ele anda pela casa conversando, cantando e gesticulando. Ontem, quando eu comecei este post (às 7h da manhã!) ele veio até o escritório, me tirou da cadeira e ficou me dizendo para colocar a música dele – sim, ele me fala isso e eu entendo, ok? E a música oficial do menino é “I’m yours” do Jason Mraz – Depois que eu coloquei, ele começou a dançar em cima da cadeira, fazendo careta e rindo para mim. E desse mesmo jeito ele para o que está fazendo e sai dançando assim que ouve uma música. Pode ser 7h da manhã, pode ser 10h da noite.

Mas o guri não é só sorrisos. Caso contrariado, o ataque de fúria dele é impressionante. E eu também não me lembro da Fefelita tão furiosa. Ele grita, sapateando para trás e chora altíssimo, é de assustar. Ele é muito impaciente, mas já dá para ver que ele está berrando para ganhar o que quer, porque muitas vezes ele desiste quando vê que não será atendido.

A Fefê e o Dudis já interagem completamente. O que eles mais gostam é de correr pela casa, brincado de pegar. É uma gritaria, muita gargalhada e normalmente envolve um pai entrando na brincadeira e uma mãe apavorada com os fininhos que eles tiram das quinas dos móveis. Mas eu adoro ver os dois inventando as brincadeiras sem a ajuda dos adultos. Essa semana eu os vi dando tapinhas um no outro e fui intervir, pensei que estavam brigando. Quando cheguei perto vi os dois gargalhando.

Comecei este post há cinco dias. A coisa não anda nesse blog porque a vida anda muito corrida. Agora mesmo, demorei 15 minutos para começar a escrever porque a Fefita queria participar, sentada no meu colo, perguntando tudo o que eu estava fazendo. Ou seja, o blog está desatualizado, mas os motivos são os melhores.

E no fim de semana a Fefê corria pela sala com um cavalinho de pau que ela ganhou do Raí, nosso vizinho e amigo dela. Andava com uma espada do Dudis na mão correndo com a Carol, e de repente, grita assim: “Vamos, eu vou vencer este elemigo!” É tão raro, mas tããããão raro ela falar uma coisa errada que eu acho fofinho quando acontece.

E a minha fofinha é uma criança maravilhosa. Ela adora ouvir histórias antes de dormir. Ontem a noite ela foi deitar e pediu para ver filme na Ipad na cama. Eu perguntei se ela preferia isso ou preferia que eu lesse um livrinho para ela. Ela escolheu o livrinho. E eu me lembrei que numa outra noite, enquanto ela pedia para eu contar histórias inventadas antes de dormir, eu contei uma história de uma princesa que defendia o seu irmão príncipe da bruxa malvada, e ela me disse o seguinte: “Mãe, agora conta outra história de princesa, só que sem bruxa, sem maldade, só com coisas boas?” Não pude evitar de sentir aquela coisa piegas, mas que toda a mãe sente: “como eu queria poder controlar todas as coisas que vão acontecer na tua vida, para que seja sempre só com coisas boas, sem bruxas e sem maldade.”

E o meu menino está falando tudo. Sim tudo mesmo. Qualquer palavra ou frase que a gente ensine ele repete. Não significa que todo mundo sempre entenda, nem todos tem a sensibilidade de uma mãe, é claro. A Fefê ensinou o Dudu a dizer “oh my god”. E o guri dá uma risada e repete direitinho: “Abadi!” É ou não é um poliglota?

Eu nem sei se eu já contei aqui que o pequeno sabe que tem pinto? Imagino que sim, porque ele faz isso desde que completou um ano. A gente tira a fralda e pergunta cadê o pinto, ele agarra e diz “aqui!” Agora resolveu avisar que fez cocô. Vem pra perto da gente puxando a fralda e dizendo “totô”. E a última é que ele acha que já sabe usar o vaso. Quando a gente deixa ele pelado, ele carrega a gente até o vaso, aponta e diz que quer fazer cocô (sim, ele diz e a gente entende, ok?) Aí é só sentá-lo no vaso, ele espera uns segundos em silêncio, não faz nada e diz “ponto.” E sai faceiro.

Ontem a Fefê foi participar de uma oficina de arte na Fundação Iberê Camargo. Não fui junto, mas o Lê disse que foi bem legal. E o Dudu ficou passeando pela fundação com a Renata. Ele já tinha ido lá, tem bastante lugar para correr e o lugar faz um belo eco. Ele deve ter se divertido muito.

No domingo passado fomos ao Barra Shopping, o Lê foi com a Carol e com a Fefelita para o cinema enquanto eu passeava com o Dudu. Ele andou um bom tempo no carrinho, mas quando chegamos na loja de brinquedos deixei ele passear. Correu por tudo, dirigiu o carrinho, mexeu no que interessava, mas se comportou bem, quase não tive que intervir. Aí fomos numa loja de sapatos. Como ele estava cooperando, continuou solto. Olhou sapato comigo, conversou com a vendedora, jogou charme para todos dentro da loja, até que tentou correr de mim. Foi até a porta da loja e eu o peguei. Ele riu e gostou da brincadeira. Uma outra vendedora bem simpática resolveu ficar brincando com ele enquanto eu experimentava um sapato. Ele ficou muito feliz quando ela deixou ele pegar um sapato de salto bem alto, ficou rindo para ela e dançando na frente dela. Passou por ela bem devagar dançando. Ela achando tudo ótimo… até que o guri engatou uma carreira pra fora da loja. A menina saiu correndo atrás dele, eu correndo atrás dos dois só com um pé de sapato, e o Dudis bem compenetrado, parecendo um trombadinha, fugindo com um sapato na mão. Ela foi alcançá-lo três lojas depois. Ele veio dando gargalhada, todo mundo no corredor olhava para eles alguns espantados, outros rindo, e a menina, que era   um pouco gordinha, apavorada e ofegante. Ela me entregou o pivete e eu amenizei: “Dudu, a gente combinou que tinha que ser os dois pés, um só não resolve.”

A Fefelita está muito mais solta e tranquila na piscina. Já mergulha e dá para notar que ela progrediu muito este verão. Como todo mundo nos dizia, melhor do que aula é ter o hábito de frequentar a piscina para eles se soltarem. O Dudis não está bem soltinho, ele já nasceu completamente soltinho pra piscina. O Lê deixa ele pular na água, direto para o colo dele é claro. Mas o minúsculo vai sem medo e sem dúvida, não tá nem aí se o pai já está no lugar ou não.

E o Dudis agora tem uma brincadeira que a gente não cansa de ver. Ele pega qualquer coisa que possa virar uma espada (desde uma espada de madeira que ele ganhou até um canudinho) corre pela casa, para em posição de ataque, faz uma careta bem assustadora e grita “biloló!!!!” Vai saber o que isso significa, mas eu acho que ele está salvando o mundo neste momento. Meu herói.

Vou publicar assim mesmo, sem revisão e sem fotos. As fotos estão suspensas momentaneamente porque o computador está lotado e não podemos baixar mais nada. E a revisão vai ser dispensada por total falta de tempo. Perdoem os erros de português, de concordância ou de sentido. Beijos e bom carnaval para todos.

40 razões para amar

Floripa, setembro/2011

Porque ele é inteligente. Porque é meu amigo. Porque é lindo. Porque ele é prático, de um jeito que eu nunca vou ser.  Porque adora livros. Porque adora estudar, mesmo que diga que não gosta. Porque ele sabe nome de árvores e bichos. Porque é sarcástico, até com ele mesmo. Porque é generoso. Porque é a pessoa mais discreta que eu já conheci. Porque ele simplifica tudo o que eu complico. Porque as mãos dele são lindas. Porque é determinado. Porque ele nunca tem medo. Porque ele não é muito sensível, mas chora. Porque ele ama os seus três irmãos, de um jeito que eles nunca vão saber. Porque ele elogia, reconhece e dá crédito aos outros, até quando o mérito é dele mesmo. Porque exige de mim, e assim eu melhoro. Porque ele sabe nadar. Porque gosta de futebol, tanto quanto eu.  Porque ele adora silêncio e, ainda assim, me ama. Porque ama viajar. Porque ama os filhos acima de qualquer outra coisa, e deixa eles saberem disso. Porque ele é elegante e sexy. Porque ele é direto. Porque gosta de sushi e de cinema. Porque ele não faz média com ninguém. Porque ele gosta de organização e planejamento. Porque ele me ensinou a gostar de planejamento, e ainda não desistiu de me ensinar organização. Porque ele é inquieto e tem que estar sempre fazendo alguma coisa produtiva. Porque ele sabe se vestir. Porque é gentil de um jeito inesperado. Porque ele adora crianças. Porque ele é seguro e confiante. Porque sabe fazer com que alguém se sinta especial. Porque ele se orgulha dos pais dele, e demonstra isso para todo o mundo. Porque ele é um ótimo profissional. Porque ele me respeita e faz com que eu me sinta importante. Porque, depois de 15 anos, ainda faz com que eu me sinta sua namorada. Porque quando ele me abraça, eu sei onde eu estou.

São muito mais que 40, mas não precisava de nenhuma delas porque eu ia te amar assim mesmo. Feliz aniversário Lê. Eu, a Fernanda e o Eduardo te amamos.

Notinhas de Natal

Comecei a escrever este post no dia 23, na novidade da casa:o Ipad do Lê. Depois de meia hora tentando, desisti. A minha incompetência para manusear o brinquedo, o sono e a possibilidade do Dudis acordar da soneca me convenceram a deixar para mais tarde. E o mais tarde é agora.

São só notinhas mesmo, sem fotos nem nada. Mas as fotos que estamos batendo ficariam ótimas aqui.

Estamos em Floripa, com quase toda a família Baron. Só está faltando a Sandra, que foi pra Áustria ver a família de lá. Aqui tá ótimo, Fefelita aproveitando a praia, os tios e dindos, o pátio e a prima Julia.

O Dudis tá uma coisa de fofo. Rindo e dançando o tempo todo. Exceto quando manda e a mãe não obedece. Aí ele faz um drama, faz beiço, chora, um escândalo. Depois a gente vê que não correu uma única lágrima, mas a cena é bem convincente.

As duas últimas semanas em Porto Alegre foram intensas. Compromissos quase todas as noites. O Lê já estava questionando minha sanidade, mas acabou. E eu admito que achei ótimo, adoro festa e adoro reunir gente.

No meio disso, o Dudis passou praticamente o mês todo resfriado. Mais uma vez vou tirar o chapéu para o Dr. Renato, que segurou minha ansiedade à unha. Levei o Dudu lá no dia 12, ele disse, “essa tosse é só resfriado”. “Mas já faz quase duas semanas”. “Não interessa, é um resfriado emendando no outro”. Tudo certo, na terça, 20, a Renata me ligou às 10h avisando que ele estava chorando muito. Fui pra casa, dei Alivium e fiquei com ele no meu colo até ele adormecer. À tarde o Lê foi levá-lo na consulta (que eu marquei no mesmo instante que a Renata ligou, óbvio) e o Renato disse: ele está com uma infecção no ouvido. Não é otite, não tem que fazer nada, só dar antitérmico se tiver febre. E se a febre passar de 38,5º me liga.

Bem, saímos de Porto Alegre na quinta de manhã e, quando chegamos ao centro de Floripa, às 14h, lá estava ela, a maldita febre de 38,5. Liguei já com papel pra anotar o nome do antibiótico. O Renato me retornou em dois minutos, eu expliquei que o Duduco estava bem desconfortável e com febre alta. E lá veio ele: tá, dá tylenol e um banho morno. Não é nada, espera que vai passar. MAS COMO??? E A OTITE?? E A INFECÇÃO NO OUVIDO?? Não é otite Cassandra, é resfriado. Vocês estavam no carro com o ar-condicionado ligado? Aí onde vocês estão agora está muito quente? Então, é uma virose, tylenol e alivium de 3h em 3h. E me liga quando quiser.

Cheguei na praia pensando em como fazer para levar o guri numa clínica para alguém olhar o ouvido dele e me dizer se não era otite. Mas já são quatro anos com o Renato acertando, dava para esperar um dia, né? E assim, o pequeno teve febre às 18h novamente. E não teve mais. Tomou banho de mangueira, dormiu a noite inteira e está ótimo. Sem tosse, sem nariz escorrendo, sem absolutamente nada. E sem ter que tomar qualquer remédio. E um feliz natal e muitos anos de muita saúde para o Dr. Renato.

A Julinha é uma faceira. Tá muito engraçado ver o Dudis e ela interagindo. Ela dá abraço, coloca comida na boca dele, brinca, uma fofa. Ele só fica olhando, sem ação. Mais ou menos como vai ser pela infância toda.

E a Fefê resolveu aprender a tomar banho sozinha aqui. Entra no chuveiro e eu fico do lado de fora, só acompanhando. Ela parece imensa perto dos dois bebê. Mas ainda é a minha pequeninha.

O Dudis aprendeu a fazer mais uma coisa para adestrar a mamãe. Aqui tem escada, ele sabe que não pode subir, mas corre até lá, sobre três degraus e fica esperando eu pegá-lo. Quando isso acontece, eu mordo a barriga dele e finjo que vou morder ele todo. Então ele dá uma gargalhada, segura meu rosto com as duas mãozinhas e me enche de beijos. Eu sei que eu não devia entrar na brincadeira, devia ficar séria e mostrar que não gosto quando ele sobe lá. Mas, como eu disse, às vezes é ele que me treina e não o contrário.

A Fefê quer ir ao cinema e eu acho que vou aproveitar as férias para passar uma tarde só com ela. Ela é um amor com o mano, mas tem ficado com ciúme, porque ele precisa de atenção constante. Uma tarde destas, quando eu fui deitar com ela, o Dudico veio atrás e ela deu um suspiro “ai, que saco.” Eu perguntei o que houve, e ela disse “eu odeio o Dudis, às vezes. De brincadeira.” Ela disse rindo, e eu sei que ela adora o mano. Mas também sei que às vezes deve encher mesmo ter aquele bebê sempre grudado. Vou ver se eu e o Lê fazemos coisas só com ela uns dias. Até porquê, ela terá dois meses de convívio intenso com o menino quando voltarmos pra casa.

E o Dudu gosta de dizer mãe. Gosta tanto que diz mesmo quando não quer nada. Agora inventou um novo jeito, diz “mãe – anhê!” E como ele repete o tempo todo, resolveu economizar e usar para chamar o pai também.

A Fefelita acabou de ganhar um balanço do vovô. Feito pelo vovô. O antigo é pequeno, ficou para o Dudinho e para a Jujuba. Agora ela tá no pátio, curtindo a novidade. Nada como casa de avós, com pátio, árvore, e avós que fazem tudo o que a gente gosta.

O Dudis acordou, e eu vou lá ficar com eles. Ele já acordou conversando. Ele explica, aponta, muda o tom da voz. Aliás, ele conta tudo o que acontece, mostra onde caiu, onde a Julinha está, leva a gente pra cozinha quando quer jantar, enfim, se comunica como um orador. E a palavra mais legal que ele aprendeu este fim de semana foi “Ulia!” Sim, é a Julinha e, daqui pra frente, ela não se livra mais dele.

Bom fim de ano pra vocês.